terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Síndrome de Down: O que é?

A Síndrome de Down também conhecida por Trissomia 21, consiste num atraso do desenvolvimento causado por uma anomalia genética. A SD está relacionada com causas genéticas e universais, assim, esta está presente em qualquer raça, cultura, religião ou classe social. Esta Trissomia não é uma doença e, portanto, as pessoas com síndrome de Down não são doentes. Não é correcto dizer que uma pessoa sofre de, é vítima de, padece ou é acometida por síndrome de Down. O correto seria dizer que a pessoa tem ou nasceu com síndrome de Down. A síndrome de Down também não é contagiosa!!

Esta Síndrome é detectada, na maioria dos casos, logo após o nascimento do indivíduo que revela um atraso, não só a nível mental (leve ou moderado), como também, a nível da aparência facial e a nível motor. Assim, o trissómico 21 é pouco activo, e apresenta, principalmente, as seguintes características:
  • Hipotonia: Flacidez muscular (sujeito calmo, com dificuldade em sugar, engolir e em sustentar a cabeça e os restantes membros), que, por sua vez, diminui com o tempo e com os tratamentos/terapias;

  • Comprometimento intelectual: Tem uma maior dificuldade na aprendizagem e um racicínio, na maioria das vezes, mais lento do que o normal, que não é só influenciado por doenças e deficiências motoras ou cognitivas, como também por doenças infecciosas a nível cardíaco, visual (miopia, astigmatismo e estrabismo) e auditivo.

  • Aparência Física: Olhos amendoados, devido às fissuras das pálpebras oblíquas, dedos curtos, cavidade que estabelece a ligação entre a área nasal e bucal achatada, boca semi-aberta e dificuldade em acompanhar os movimentos da língua, pescoço curto, a sua íris possui pontos brancos, chamados as manchas de Brushfield, articulações demasiado flexíveis, malformações a nível dos dedos dos pés, uma única prega na palma da mão, em vez de duas. Contudo, apesar da aparência entre pessoas com a Síndrome de Down ser parecida, o que caracteriza cada indivíduo é a sua carga genética familiar, que faz com que estes tenham características dos seus progenitores e parentes mais próximos.

  • Microcefalia: Tamanho e peso reduzido do cérebro, o que influencia a sua capacidade intelectual.

Com isto, concluimos que as pessoas com SD apresentam desvantagens a nível do seu desenvolvimento em relação às pessoas que não apresentam esta Síndrome , e isto tudo devido ao seu atraso. Sabe-se que uma pessoa com SD de grau leve tem um QI entre 50 a 70 e com um grau moderado de 35 a 50. Contudo, apesar deste atraso, nada impede que esta pessoa aprenda e efectue as suas tarefas diárias, como ir à escola ou ter um emprego fixo, ou que tenha uma vida social activa. No entanto, problemas com um grau de dificuldade mais elevado ou abstracto já se tornam mais difíceis de resolver por uma pessoa com esta trissomia.

Estima-se que em cada 700 nascimentos nasça um indivíduo com Síndrome de Down.

Apesar de todas as pessoas com ou sem SD estarem sujeitas a todas as doenças, existe um leque de doenças/problemas que são mais frequentas nos trissómicos 21:

Problemas/malformações cardíacas (50% dos casos);
Malformações intestinais;
Deficiência imunológica;
Problemas respiratórios;
Porblemas auditivos e visuais;
Problemas a nível dentário.

Todas estas doenças/problemas são as mais incidentes na população com SD, contudo, um indivíduo com esta anomalia no seu genoma nem sempre possui todos estes problemas, portanto, é necessário que seja feito um bom diagnóstico médico, de forma a que o trissómico tenha tratamentos eficazes e terapias com resultados positivos.

Em relação à reprodutividade, hoje em dia ainda não houve nenhum caso de um indivíduo do sexo masculino com SD a procriar. Contudo, a mulher trissómica tem menstruação e pode engravidar, apesar de não ser aconselhável, pois, esta pode ter dificuldades em lidar e tratar do filho e até porque este tem 50% de hipóteses de nascer com a mesma Síndrome da mãe; assim, é necessário que os pais da menina com SD vão a uma consulta com um médico especializado após a sua primeira menstruação, de modo a que esta aja da melhor forma.

Bem, é nisto que consiste mais um dos casos que o nosso grupo de A.P. decidiu explorar. Como podem ver, uma pessoa com SD não é uma pessoa doente, estranha ou invulgar, pelo que deve receber o mesmo tratamento, apoio e carinho por parte de todos, e nunca ser olhada de lado, porque até mesmo esta pessoa é, normalmente, muito meiga e carinhosa, e possui a sua própria personalidade, tal como todos nós, que teve a educação dada pelos seus pais e que frequentou as mesmas escolas que muitos de nós!

Por isso, não vale a pena subestimar alguém com esta diferença, que apesar das dificuldades, consegue ser tão prestável e esforça-se para ser tão eficiente e competente quanto muitos de nós!! Estas pessoas, como todos nós, sentem, possuem sentimentos e sabem quando estão a ser excluídas pelos outros e, assim, elas acabam por deixar que esta exclusão as isole de tudo, vivendo, então, num mundo à parte, no seu mundo, onde, por vezes, nem os pais as apoiam.

DIZ NÃO AO ISOLAMENTO SOCIAL!!!

"Todos diferentes, todos iguais!"

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